Thursday, December 13, 2007


Olá amigas e amigos!
Como vamos estar de férias, só voltaremos em Janeiro.
Até lá tenham
UM FELIZ NATAL
e entrem com o pé direito no
ANO NOVO!
Entretanto podem ir lendo

Rafael Rolim

NO NATAL

No Natal, nós recebemos brinquedos e roupa.
O Menino Jesus está despido e sem nada para brincar,
enquanto nós comemos bacalhau, bolos e pudins...
Ele fica com fome - e muita fome mesmo!
E nós a divertirmo-nos com as prendas que recebemos!

Joana Cipriano

POEMA DE NATAL

É Natal. Jesus faz anos.
Temos de festejar!
Como ele é importante,
roupa lhe hei-de dar!

É Natal, é Natal,
hei-de dar prendas.
Aí vem o Pai Natal
a cavalo nas suas renas!!!

Para mim, 25 de Dezembro
é muito especial.
Afinal de contas
é Natal!

Amizade e alegria
temos de criar
para o Pai Natal
paz nos dar.

Bolinhos e docinhos
são muito saborosos
- e até alguns
são muito gulosos!

Melissa Duarte

RETRATO DO MENINO JESUS

Ó meu Menino Jesus,
a tua pele é branca como o leite,
corada como a maçã.
És a coisa mais linda!

Tu és lindo como uma flor
e delicado como uma linha.

Os teus olhos são bonitos como o sol.
Se os vejo fico presa
como um peixe no anzol.

Os teus olhos são como o ouro.
Dão-te toda a graça.
Parecem moedas de ouro!

(inspirado em poemas tradicionais)

Mariana Fernandes

O MENINO JESUS

O Menino Jesus
não tem nada para comer.
Eu vou-lhe oferecer
um casaco para ele se aquecer.

O Menino Jesus
rico ele está
Lá no Céu
Ele está a vigiar.

O Menino Jesus
no Natal
gosta de falar
com o Pai Natal.

Jesus está no Céu,
cheio de mirra e ouro,
desejando que o nosso Natal
seja feliz...

Gonçalo Lourenço

O MEU NATAL

O meu Natal é especial.
Nele não corre nada mal.
Até o Menino Jesus vem.

Mas como será o Natal dos outros?
O meu tem amor e alegria.
Será que o dos outros tem maldade e patifaria?

O meu Natal é que é!
Tem tudo o que alguém quer.
Tem alegria e é divertido.

Wednesday, December 12, 2007

Bernardo Rodrigues e Afonso Correia

DESEJOS PARA 2008

Caras crianças do Mundo,

Nós, Afonso Correia e Bernardo Rodrigues, desejamo-vos alegria, felicidade, saúde e também muito amor. A alegria e a felicidade que vos desejamos significam o que nós crianças devemos sentir. Saúde é o que nós devemos ter na nossa vida. Amor é o que devemos sentir uns pelos outros.
O mundo que vós, crianças do futuro, ireis encontrar, poderá ser bom. Toda a gente será boazinha, incluindo os animais. Não haverá pobres nem mendigos nem bandidos. Mas o mundo também poderá ser mau, porque há sítios muito perigosos, onde podemos morrer. Existe ainda muita poluição.
Vocês, crianças, quando nascerem poderão escolher entre serem bons (é como o Paraíso!) e o caminho mau (é como o Inferno!).
A maior parte das crianças escolhem o caminho bom, para contribuírem para o futuro das outras crianças e de todos os seres humanos.

Vladlena Roshchina e Beatriz Santos

O NASCIMENTO DE JESUS

Ia Maria a passar
quando sentiu um dor chegar.
Era o seu filho que estava a nascer
para os seus pais o verem crescer.

"Mal o vi nascer,
já o estava a ajeitar.
A minha lã quentinha
lhe queria dar.

Estava o Menino deitado
nas palhas estendido,
filho duma rosa,
dum cravo nascido...

Ao fundo vinham os três Magos.
Traziam ouro, mirra e incenso.
Vinham todos com bom senso,
os três guiados pela estrela
tão bela
e cintilante,
muito brilhante!

Tudo num estábulo muito pequeno
situado em Belém,
com animais muito animados
e muito bem tratados.

Montados no burro,
iam iam sem parar
porque a morte do Menino
poderia em breve chegar!

Estava a comer erva fresquinha
quando de repente apareceu
um anjo no Céu
a anunciar: "Jesus nasceu!"

Foram-se embora dessa terra
talvez para nunca mais voltar.
Levaram o Menino no coração
para sempre O adorar."

Mariana Pinhal e Patrícia Cachão

O GRANDE DIA

Lembro-me muito bem
que lá em Belém,
perto de Jerusalém,
uma coisa aconteceu.
Foi um belo Menino
que ali nasceu.

Só com o bafo da vaca
e do burro se aquecia.
Tinha o amor e o carinho
de seus pais, José e Maria.

De muito longe, os Magos do Oriente
seguiram uma estrela
que os levou a um lindo Menino
nascido numa cidade bela.

Mais perto, os pastores
ouviram um anjo anunciar
que tinha nascido
um Menino que os ia salvar.

Os Reis Magos ofereceram
mirra, incenso e ouro
àquele Menino
que era um tesouro.

Os pastores ofereceram
lã para O aquecer,
um óptimo queijo a S. José
para com Nossa Senhora comer.

Todos O foram adorar
com muitos presentes.
Partiram muito felizes,
ficaram muito contentes.

Tuesday, December 11, 2007

Joaquim Gaboleiro e Miguel Gaboleiro

A HISTÓRIA DO NATAL
CONTADA POR UM CAMELO

Num dia de Inverno, à noite, estava a passear o meu amo, quando ele viu um estrela no céu. A estrela brilhava mais do que as outras. Ele, como sabia ver o futuro pelas estrelas, viu logo que era o Filho de Deus que estava a nascer.
Então chamou os amigos. Quando estavam todos com ele e já tinham presentes para esse Menino, seguiram o caminho da estrela. Mas foram-se perdendo várias vezes... passando por florestas, montanhas e desertos. Chegaram a um rio. Aí, eu e os outros bebemos água.
Demos a volta ao rio para chegarmos a Belém.
Quando chegámos à cidade, a estrela pôs-se em cima de um palheiro, onde havia ovelhas, um burro e uma vaca. À frente desses animais, dentro de uma manjedoura, estava um menino e ao seu lado uma mulher e um homem. A estrela apontava para aquele Menino. O meu amo saiu de cima de mim e os outros dois amigos do meu amo fizeram o mesmo. O meu amo trazia incenso, o outro trazia ouro e o último trazia mirra. O meu amo e os outros amigos foram em direcção ao Menino na manjedoura e perguntaram aos pais:
- Este Menino é Jesus?
Os pais responderam:
- Sim!
Então os reis magos ofereceram o que traziam ao Menino Jesus para o adorarem. O meu amo e os outros dois contaram ainda a Maria e a José que o rei Herodes os tinha tentado enganar para matar a criança, mas eles não voltariam lá mais.
Depois de adorarem Jesus, os magos nossos donos partiram de novo para o Oriente.

Jheniffer Luiz e Mariana Maravilha

UM DIA ESPECIAL

Eu, a senhora vaca,
vou contar uma história
que me ficou na memória
e há muito tempo se passou.

Lá em Belém
um Menino nasceu.
Jesus foi o o nome
que Maria lhe deu.

No mesmo instante
um anjo apareceu
para anunciar ao povo
o que naquele dia acontecera.

Esse povo decidiu
que deviam marcar
um dia especial
para aquele momento recordar.

Em Dezembro, a vinte e cinco,
é o dia especial.
Todos estamos reunidos
para celebrar o Natal.

Jesus é o pai da Terra
e foi nomeado nosso Salvador.
Filho de Deus, tão pequenino,
é filho do Criador.

Filipe Alves, Rodrigo Pinhal e Bruno Franco

UM ANO NOVO

No próximo ano novo
é isto que queremos desejar:
haja paz logo a começar,
haja saúde e felicidade
- com as guerras a acabarem
e as pessoas a comemorarem.

Quando esta nova era começar,
o amor vai florescer
e a alegria todos vão querer.
O mal deixará de existir,
as pessoas irão sorrir
e as verdade passará a brilhar.

Os sonhos irão realizar-se
e a magia sentir-se-á no ar.
O fogo-de-artifício rebentará
com o tempo a contar.
Um ano novo a começar -
todo o mundo o irá festejar.

Jonas Marques e Artur Ferreira

UM NASCIMENTO ESPECIAL

Eu estava no reino da Arábia. Estava a beber água no meu estábulo, quando foi anunciado que o Filho de Deus nascera.
Assim que a notícia foi anunciada, o meu amo montou-se em mim e os seus amigos montaram nos meus amigos camelos.
Saímos da cidade e viajámos durante vários dias e várias noites.
Num desses dias, encontrámos um palácio. O seu dono disse que queria conhecer o Menino. Pediu que, quando os nossos amos voltassem, o avisassem do sítio onde Ele nascera.
Seguimos o nosso caminho.
A meio da noite, ao dormirmos, ao meu amo sonhou com anjos. Avisaram-no de que o rei Herodes, dono do palácio, queria matar o Menino.
De repente, uma estrela, a mais brilhante de todas que eu já vira, apareceu no céu. O meu amo começou a puxar pelas minha rédeas - e começámos a seguir aquela estrela, até ela parar em cima de um estábulo.
O meu amo desmontou-se e seguiu para esse lugar. Lá estava o tal Filho de Deus...
Eu fui até à porta para o ver. Lá estavam uma vaca e um burro a aquecerem o Menino e, ao seu lado, Maria (a mãe) e José (o padrasto). Vi também o meu amo e os seus amigos com cofres nas mãos a oferecerem prendas ao Menino: ouro, incenso e mirra.
Enquanto os anjos O observavam, eu e o meu amo voltámos para a nossa terra. Mas não pela cidade. Fomos pelo deserto, para que o rei não matasse o Menino Jesus.

Wednesday, November 28, 2007

Jheniffer Souza


Giovanni Bellini - "Madonna com Menino"

O Menino Jesus com Nossa Senhora,
a sua querida Mãe
que tanto O adora.

Ela ensinou-O a ser educado,
para um dia mais tarde
ser Ele o adorado.

E assim foi
com muita graça e glória,
pois hoje em dia
todos O adoram.

Vladlena Roshchina


O SOL E A LUA

O sol radiante,
uma estrela brilhante,
todo o dia a brilhar
para à noite descansar.

A lua sossegada
de dia não faz nada -
mas à noite faz-nos sonhar
para nossa vida melhorar.

Mariana Maravilha


Reynolds - "Idade da Inocência"


Menina pequena,
de cara assustada,
de mãos no peito,
descalça.


Pobre menina!
Vestido longo
e laço na cabeça.
Cabelo castanho.


Que grandes olhos tem!
Numa floresta parece estar.
Parece sozinha
esta menina.

Beatriz Santos


Henri Rousseau - "La Charmeuse de Serpents"

Olha, uma imagem tão bela:
a mulher e a flauta
e à volta serpentes
a serpentear.
A mulher serpente
toca sem parar
e a todos começa a enfeitiçar
com a sua música.

Friday, November 09, 2007

Ana Carolina Silva

À caça das bruxas

Certo dia, naquele tempo, num reino bem distante, numa floresta, moravam um rei, uma rainha, um padre, um moleiro e uma feiticeira.
Num belo dia, o rei chamou a rainha para tratar de um assunto que estava acontecendo ali perto do seu reino. Quando a rainha chegou ao seu lado, ele disse-lhe:
- Você está percebendo que anda acontecendo algo de errado em nosso reino?
A senhora rainha respondeu-lhe:
- Sim, meu amado, eu tenho percebido muita coisa em nosso reino. Acho que há alguém roubando a nossa herança!
O rei respondeu:
- Não só nossa herança, mas também fazendo desaparecer nossos guardas e provocando também muitas mortes!
- Eu acho que isso que anda acontecendo é coisa daquela feiticeira malvada!
- E não é só isso, não. Ela anda provocando tempestades por aí .
E o rei ordenou que todos fossem à caça da feiticeira má. Ninguém a encontrou. O rei falou como seu guarda mais forte e mandou-o ir à caça da feiticeira. Ele foi .
Passaram duas semanas e o guarda não chegava. O rei ficou muito nervoso. Passado um mês, o guarda veio com uma velhota feiticeira. Todos no reino ficaram assustados com ela.
O rei, ao em vez de matá-la, prendeu-a num calabouço e todos ficaram felizes sem roubos, sem mortes e desaparecimentos em todo o reino.

Jheniffer Souza


A NATUREZA


A natureza é uma riqueza
que consiste numa eterna beleza!
Foi nela que nós nascemos
e, com certeza, muitos outros nascerão.

E se o Sol não existisse
e não nos iluminasse?
Não conseguiríamos ver
o que a natureza faz nascer.

E se a Lua não brilhasse
quando o Sol fosse dormir?
Nós não conseguiríamos sentir
o brilho nos lábios das estrelas
quando começam a sorrir.

E se o nosso nariz
não sentisse o perfume das flores?
Com certeza a nossa alma
ficava cheia de odores.

E se não ouvíssemos
os pássaros a cantar?
Não conseguíamos alegrar-nos
e deixávamos de falar.

Como vêem, a natureza é espectacular.
Nela os pássaros conseguem cantar.
A natureza é uma bela princesa
com muita beleza.

Tuesday, October 30, 2007

Jheniffer Luiz

O MEU MUNDO

O meu mundo é um lugar fantástico onde habitam rainhas e princesas, duendes e sereias. Eles gostam muito uns dos outros, principalmente do lugar fabuloso onde vivem, ou seja, a minha enorme e pura imaginação.
No meu mundo, tudo é constituído por pozinhos de magia, onde há estrelas encantadas e coloridas e arco-íris de várias cores nos dias de chuva. Em todo o Universo imaginário não há sítio melhor do que este.
Neste planeta do Universo imaginário tudo é fabuloso. Não há mar tão azul como o céu que alegra os nossos dias, um mar com tons tão verdes como as folhas das árvores e uma espuma tão branca como a neve que cai todos os invernos na Serra da Estrela.
Eu gosto muito do meu mundo. Acho-o espectacular. Por isso, aconselho todos que, sempre que estejam tristes, pensem nas coisas boas que a vida tem para nos oferecer e naveguem no mundo fabuloso da imaginação.
Boa disposição alastra a todo o país

Nestas últimas semanas, uma vaga de boa disposição tem alastrado por todo o país. Quando há trânsito ninguém reclama. As pessoas cumprimentam-se como se se conhecessem desde sempre. Quando há um acidente ninguém discute e até param os carros para ajudar o que origina ainda mais confusão, mas ninguém se queixa. As pessoas chegam atrasadas ao emprego mas, mais uma vez, nada lhes acontece.
Os cientistas explicam este fenómeno dizendo que é uma mistura de calor com um gás libertado pela fábrica de papel. Esta mistura cria uma sensação de ilusão nas pessoas, fazendo parecer que está tudo bem.

Sara Miranda

Friday, October 26, 2007

Descoberto o elixir do amor
Dentro de dias vai haver a apresentação do elixir do amor no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações em Lisboa. O cientista português João Love descobriu que a mistura do pólen de algumas plantas resultava num perfume irresistível. O cientista afirma que quem cheirar este perfume fica apaixonado por quem o estiver a usar.
Este cientista fará uma demonstração da sua invenção no Pavilhão do Conhecimento no dia 5 de Novembro. Aceitam-se inscrições para quem quiser participar na experiência. O elixir já foi apresentado em Espanha e os resultados foram magníficos.
Sara Marques

Wednesday, October 24, 2007

INSCREVE-TE
NO
CLUBE DE LEITURA E DE ESCRITA
passa pelo CRE
e preenche a tua ficha

Tuesday, June 12, 2007

Vicente Pereira

A BOLA

A bola.
Os nervos aparecem.
O jogador vai rematar.
A bola no ar,
o guarda-redes a olhar.
A bola, como uma águia, deixa
o guarda-redes a voar.
Mas a bola no poste vai tocar.
"Ufa!..." - diz a bola.
Os adeptos, uns leões...
O jogador pega na bola,
corre para o golo, remata!
A bola, como chita a correr,
entra na baliza
e toda a gente grita: "Golo!"

Thursday, April 26, 2007

Pedro Luís

CARTA AOS HUMANOS
de uma baleia azul



Olá!
Eu chamo-me baleia azul. Gostava de pedir aos humanos que não poluíssem o meu habitat, pois já tive de me mudar de casa três vezes durante a vida. Neste momento, estou muito bem onde estou, mas prevejo um mau fim.
Espero que a partir de agora vocês comecem a tratar do esgoto que vem parar ao mar. Parem de deitar o petróleo dos barcos para a água e, quando estiverem na praia, não deitem lixo para o oceano só porque não vos apetece ir ao caixote do lixo. E outras coisas mais...
Pensem também nas actividades que vocês não poderão fazer se tiverem a água muito poluída: não podem tomar banho no mar, nem se poderão refrescar quando estiverem na praia na altura do Verão. E, se a água ficar muito, muito contaminada, e durante demasiado tempo, os humanos morrerão à sede, e aí não seremos só nós a ser extintas, os humanos também desaparecerão.
Queria que pensassem também um bocadinho nos animais e não se preocupassem só convosco.
Com esta carta, também quero mostrar-vos que os animais têm a sua inteligência e os humanos tratam-nos sempre como inúteis e estúpidos. Espero que oiçam os meus pedidos e resolvam rapidamente este problema, pois foi muito difícil escrever este texto com barbatanas e complicado não molhar a folha.
Adeus e até à vista!!!

Thursday, April 19, 2007

Flávia Pinto

SEMEEI NO MEU QUINTAL (2)


Semeei no meu quintal
A semente dum repolho.
Nasceu-me um velho careca
Com uma batata no olho.

Raivosa que nem um porco
Dirigi-me à florista
E quem me passasse à frente
Ficava que nem tosta mista.

- Se me deram um repolho
E de lá saiu um velhote,
Agora molho-vos todos
E vão arder no archote.

- Desculpe-nos lá, por favor.
De vez em quando acontece,
A bruxa fez um feitiço
Que a nós também enlouquece.

Fiquei a pensar no assunto
E logo me resolvi:
Iria falar à tal bruxa
E dizer que nunca a vi.

Mas pensar não é fazer,
Mesmo debaixo da terra.
Tentei caminhar numa nuvem
Caí com um grito de guerra.

A próxima coisa que ouvi
Foi um agudo zurrar.
Era o gatinho da bruxa
Que acabara de chegar.

Por mais espantoso que fosse,
Era um gato que zurrava,
Tinha o pêlo cor-de-rosa
E o focinho abanava.

Saltitou para a minha frente,
Transformou-me num leão.
Palrou e espirrou um alho
Que acertou no meu coração.

Não consegui acreditar
Que a semente daquele alho
Começou a germinar
E de lá saiu um carvalho.

Os meus braços foram ramos,
Os meus pés foram raízes,
Da cabeça vieram flores
Que voaram que nem perdizes.

Eu fiquei ali plantada
Sem poder abrir a boca,
Se vieres um carvalho mexer
Podes dizer que sou louca.

Catarina Carvalho e Flávia Pinto

SEBASTIÃO

E OS MUNDOS SECRETOS


Nas vésperas dos seus doze anos, Sebastião reparou que lhe tinham acontecido coisas estranhas: as letras do seu trabalho de férias mexiam-se, tinha pressentimentos, falava mentalmente… Sebastião descobriu que há outros mundos para além do seu e que, desde a nascença, estava destinado a ir para lá, para evitar a morte do Tachua, uma antiga tribo.
Será que, mesmo com a ajuda dos seus amigos, Sebastião conseguirá impedir esta tragédia e cumprir a sua difícil missão?!

Aconselhamos-te a ler este livro porque é para todas as idades e está repleto de aventuras, “suspense” e mistério. É um livro que irá prender-te até mesmo depois de acabares e que te levará com o Sebastião até ao fantástico mundo paralelo!



JOÃO AGUIAR
Sebastião e os Mundos Secretos – O Cristal Dourado
Edições Asa

Thursday, March 15, 2007

Catarina Carvalho

SEMEEI NO MEU QUINTAL (1)

Semeei no meu quintal
a semente do repolho,
nasceu-me um velho careca
com uma batata no olho.

Semeei no meu quintal
a semente do tomate,
nasceu-me um grande louco
pensando ser Bonaparte.

Semeei no meu quintal
a semente da alface,
nasceram-me balões
que me rebentaram na face.

Semeei no meu quintal
a semente da cebola,
nasceu-me um grande tonto
a cantar que nem uma rôla.

Farta desta confusão,
fui-me queixar ao jardineiro.
Meteu-me no fundo do chão,
bem debaixo dum pinheiro.

Bem debaixo dum pinheiro,
senti uma coisa na testa:
era milhões de formigas
a fazerem uma grande festa!

(A primeira quadra pertence à tradição popular portuguesa.)

Joana Marquês

UMA HISTÓRIA BEM CONTADA

Era uma vez uma menina chamada Joana que vivia noutro planeta, chamado Euforia. Tinha um cão chamado Enguia.
À tarde, quando chegava a casa, depois de fazer os trabalhos da escola, deitava-se junto de uma velha árvore do seu quintal. Pensava em tudo, como seriam as pessoas dos outros planetas, como se vestiriam. Aquela árvore era onde ela estava bem. No Verão dormia lá no chão. Para a Joana, a árvore era o seu mundo encantado.
O planeta da Joana era pequeno, as casas estavam viradas ao contrário, as árvores não estavam direitas como as nossas, só que com folhas verdes-alface e flores nos ramos.
Não havia nada que destruísse o planeta. O planeta era o melhor de todos.
Um dia aconteceu algo extraordinariamente horrível. Ao seu planeta Euforia chegaram pessoas de outro mundo. Elas eram verdes, tinham cinco cabeças e cada uma das cabeças tinha seis orelhas. Eram muito pequenas, mediam menos de vinte e cinco centímetros, mas eram muito amigáveis. Mas essas pessoas eram muito barulhentas e faziam mal às árvores.
Desde aí o planeta Euforia nunca mais foi o mesmo e a Joana veio para o planeta Terra, onde escreveu este texto que acabaram de ler.

Wednesday, March 14, 2007

Fábio Marquês

O CASTELO ANDANTE

Era uma vez um monstro que era muito malvado e tinha muitos poderes.
Um dia o monstro disse:
- Vou à cidade destruir muitas casas e fazer um castelo andante.
E assim foi: o monstro construiu o castelo andante e, para o conduzir, fez um demónio de fogo que se chamava Calsifer.
Também à solta estava a Bruxa do Nada, que ainda era mais malvada do que o monstro. Até enfeitiçou uma rapariga, a Sophie. Ela era muito nova e a bruxa transformou-a em velha.
Um dia o monstro disse:
- Vou ajudar a Bruxa do Nada para ela arranjar uma velha que saiba trabalhar.
Quando o monstro chegou, a Bruxa afirmou:
- Eu sei o que tu vens cá fazer. Vens pedir uma velha para trabalhar, não é?
- Sim. Porquê?
- Porque eu só tenho uma disponível. Ela chama-se Sophie. OK?
- Sim.
- Espera - continuou a Bruxa -. O que é que tu me vais dar em troca?
- Já sei... um chupa. Não, não... uma melga. Não, um murro... Não, não... Já sei... Não te dou nada. Não! Dou-te um demónio de fogo igual ao meu. Pode ser?
- Sim, acho que sim.
E assim foi. Quando a Sophie lá chegou, protestou:
- Que barafunda! Isto não é limpo há séculos... Adivinhei?
- Sim. É tudo para tu lavares e limpares - respondeu o Calsifer, o demónio do fogo.
- Oh não! - disse a Sophie.
- Oh sim! - insistiu o Calsifer - mas agora vais para a casota do cão.
Na manhã seguinte, a Sophie limpou e esfregou. Mas houve um dia em que o monstro disse ao Calsifer:
- Põe água na banheira para a Sophie tomar banho.
- OK, senhor monstro mauzão.
E passaram anos e anos...
A Sophie um dia reparou no monstro. Ele tinha a cara cortada. Parecia que navalhas tinham passado por ali. A Sophie perguntou ao Calsifer:
- O que é aquilo que ele tem cara?
- Sabes, o monstro não é mau...
- Não, não é.
- Cala-te, Sophie! E deixa-me continuar. - interrompeu o Calsifer - Ele, o monstro, anda a tentar combater a guerra dos maus.
- Ah, então ele também é bom?
- Sim.
- Ele combate o mal.
E a Sophie foi falar com o monstro. E esclareceram tudo. O Calsifer levou o castelo até ao lago Estrela e o monstro conseguiu combater o mal até ao fim. Mas faltava acabar com o feitiço da Sophie.
Um dia apareceu um espantalho chamado Cabeça-de-Nabo que tinha a poção da Sophie na mão. Para lhe dar a poção tinha que receber um beijo dela. O Cabeça-de-Nabo deixou aquilo cair. A Bruxa do Nada apanhou-o e levou-o para a sua toca. O monstro e o Cabeça-de-Nabo foram atrás da feiticeira. Houve outra guerra, mas quem ganhou foi o Cabeça-de-Nabo, porque o monstro morreu na batalha. O espantalho afirmou:
- Isto é para ti, amiga Sophie.
- Obrigada. E o monstro?
- Ah, o monstro morreu na batalha... Desculpa, Sophie.
A Sophie tomou aquilo e voltou a ser jovem. O Calsifer tornou-se num cavalo com as cores do fogo. E o Cabeça-de-Nabo transformou-se em príncipe encantado e casou com a Sophie. Viveram felizes para sempre.

Thursday, March 01, 2007

Pedro Luís

EU VI UMA ESTRELA

Eu vi uma estrela
no céu a brillhar
e fiquei feliz
só de a olhar.

Eu vi uma estrela,
uma estrela diferente,
e só de a olhar
fico sempre contente.

Eu vi uma estrela
lá no alto dos céus,
tão alta, tão alta
como os Pirinéus.

Eu vi uma estrela
tão brilhante como o Sol,
tão bonita, tão bonita
como o canto do rouxinol.

Eu vi uma estrela,
azul era a sua cor,
sempre que olho para ela
transmite-me muito amor.

Thursday, February 08, 2007

Inventário de Berlindes

ABELHINHA - é preto, com riscas amarelas e vermelhas ou amarelo com riscas castanhas.

ARCO-ÍRIS - é amarelo, com riscas azuis e vermelhas.

BANDEIRA - é transparente, com muitas riscas de várias cores.

BORBOLETA - azul, com riscas cor-de-laranja e azuis claras.

BRUXINHA - é preto, com pintas de muitas ou de uma cor.

CROCODILO - é transparente com pintas de muitas ou de uma cor.

COBRA-DE-ÁGUA - é transparente, com riscas de uma, duas ou três cores.

ESPELHO - é transparente, de uma só cor.

FANTASMA - é transparente, azulado, com duas manchas brancas.

GATO - é preto com duas riscas amarelas.

GOTA-DE-ÁGUA - é de uma cor transparente, com bolinhas dentro (a cor é clara e transparente).

LEÃO - é como o psicadélico, só que o "leão" é só azul por fora e por dentro.

MINI-ESPELHO - é transparente, branco e bonito.

OLHO-DE-BOI - é transparente, com uma risca serpenteada de uma ponta à outra do berlinde.

ÓNIX - é dourado com riscas brancas.

PATA-DE-TIGRE - é transparente com riscas onduladas; pode ter várias cores.

PEIXINHO - é transparente, com uma risca dentro.

PÉROLA - é de uma só cor.

PINCEL - é branco com três riscas.

PLANETA - é azul, mas esse azul só se vê à luz.

POLÍCIA - é de uma cor transparente, com duas manchas nos pólos.

PRATEADO - parece um espelho, mas tem a cor rosa; vê-se prateado ao sol.

PSICADÉLICO - é de uma cor por dentro e várias por fora, mas a cor de dentro só se vê contra a luz.

RABO-DE-BOI - é preto com uma ou duas riscas de cor.

RAIA - é transparente, com uma mancha por dentro parecida com uma raia.

ROVER - é transparente, com riscas a saírem.

SOL - é todo amarelo e maior do que a pérola amarela.

SONIC - pode ser transparente com duas cores, que são o branco e o amarelo; pode ainda ter várias cores e uma risca branca.

VAQUINHA - é branco, mas menos brilhante do que a pérola branca.

(Bernardo, Jonas e Joaquim - 5º E)

Thursday, January 18, 2007

Pedro Luís e João Valada

OS PROBLEMAS DA NOSSA ESCOLA
(diálogo)

Pedro - As aulas de substituição são uma seca!
João - Eu não acho. Às vezes os professores até nos deixam ficar a brincar ou a fazer o que quisermos...
P - Mas não deveria ser assim. As aulas de substituição servem para que os alunos não saiam da escola e não façam disparates.
J - Mas, mesmo assim, a indisciplina nesta escola é mais do que muita...
P - Não deveria haver aulas de substituição. Não servem para nada!
J - Pois, realmente.... Mas, mesmo assim, até se fazem coisas fixes.
P - Para mim são um desperdício de tempo.
J - Se não houvesse aulas de substituição, ainda havia mais indisciplina!
P - Por falar em indisciplina, acho que devia haver mais meios de segurança nas escolas, especialmente nesta.
J - Se calhar nas outras escolas há tanta indisciplina como nesta. Não sabes...
P - Cá para mim, o Conselho Executivo devia fazer qualquer coisa para melhorar a segurança.
J - Podiam instalar câmaras.
P - Fixe! Grande ideia!
J - Também acho que devia ser proibido fumar.
P - Concordo. Já vi montes de alunos a fumar atrás do pavilhão D e ao pé do canil.
J - Pois é, também já vi.
P - E à porta da escola, os funcionários nunca pedem o cartão.
J - Também já vi alunos a tratarem mal os funcionários.
P - Então e os roubos que há na escola! Devia haver mais meios para os evitar.
J - Podes crer. E a violência também.
P - Se calhar, para além do porteiro, podia haver um ou dois guardas (ou professores) que andassem por aí a rondar a escola. Apenas para manter a disciplina, percebes?!
J - É uma grande ideia. Espero que o Conselho Executivo faça isso em breve...
P - Pois. Mas paremos de falar de violência. Já estou enjoado! Para a próxima falamos de outra coisa.