Thursday, April 26, 2007

Pedro Luís

CARTA AOS HUMANOS
de uma baleia azul



Olá!
Eu chamo-me baleia azul. Gostava de pedir aos humanos que não poluíssem o meu habitat, pois já tive de me mudar de casa três vezes durante a vida. Neste momento, estou muito bem onde estou, mas prevejo um mau fim.
Espero que a partir de agora vocês comecem a tratar do esgoto que vem parar ao mar. Parem de deitar o petróleo dos barcos para a água e, quando estiverem na praia, não deitem lixo para o oceano só porque não vos apetece ir ao caixote do lixo. E outras coisas mais...
Pensem também nas actividades que vocês não poderão fazer se tiverem a água muito poluída: não podem tomar banho no mar, nem se poderão refrescar quando estiverem na praia na altura do Verão. E, se a água ficar muito, muito contaminada, e durante demasiado tempo, os humanos morrerão à sede, e aí não seremos só nós a ser extintas, os humanos também desaparecerão.
Queria que pensassem também um bocadinho nos animais e não se preocupassem só convosco.
Com esta carta, também quero mostrar-vos que os animais têm a sua inteligência e os humanos tratam-nos sempre como inúteis e estúpidos. Espero que oiçam os meus pedidos e resolvam rapidamente este problema, pois foi muito difícil escrever este texto com barbatanas e complicado não molhar a folha.
Adeus e até à vista!!!

Thursday, April 19, 2007

Flávia Pinto

SEMEEI NO MEU QUINTAL (2)


Semeei no meu quintal
A semente dum repolho.
Nasceu-me um velho careca
Com uma batata no olho.

Raivosa que nem um porco
Dirigi-me à florista
E quem me passasse à frente
Ficava que nem tosta mista.

- Se me deram um repolho
E de lá saiu um velhote,
Agora molho-vos todos
E vão arder no archote.

- Desculpe-nos lá, por favor.
De vez em quando acontece,
A bruxa fez um feitiço
Que a nós também enlouquece.

Fiquei a pensar no assunto
E logo me resolvi:
Iria falar à tal bruxa
E dizer que nunca a vi.

Mas pensar não é fazer,
Mesmo debaixo da terra.
Tentei caminhar numa nuvem
Caí com um grito de guerra.

A próxima coisa que ouvi
Foi um agudo zurrar.
Era o gatinho da bruxa
Que acabara de chegar.

Por mais espantoso que fosse,
Era um gato que zurrava,
Tinha o pêlo cor-de-rosa
E o focinho abanava.

Saltitou para a minha frente,
Transformou-me num leão.
Palrou e espirrou um alho
Que acertou no meu coração.

Não consegui acreditar
Que a semente daquele alho
Começou a germinar
E de lá saiu um carvalho.

Os meus braços foram ramos,
Os meus pés foram raízes,
Da cabeça vieram flores
Que voaram que nem perdizes.

Eu fiquei ali plantada
Sem poder abrir a boca,
Se vieres um carvalho mexer
Podes dizer que sou louca.

Catarina Carvalho e Flávia Pinto

SEBASTIÃO

E OS MUNDOS SECRETOS


Nas vésperas dos seus doze anos, Sebastião reparou que lhe tinham acontecido coisas estranhas: as letras do seu trabalho de férias mexiam-se, tinha pressentimentos, falava mentalmente… Sebastião descobriu que há outros mundos para além do seu e que, desde a nascença, estava destinado a ir para lá, para evitar a morte do Tachua, uma antiga tribo.
Será que, mesmo com a ajuda dos seus amigos, Sebastião conseguirá impedir esta tragédia e cumprir a sua difícil missão?!

Aconselhamos-te a ler este livro porque é para todas as idades e está repleto de aventuras, “suspense” e mistério. É um livro que irá prender-te até mesmo depois de acabares e que te levará com o Sebastião até ao fantástico mundo paralelo!



JOÃO AGUIAR
Sebastião e os Mundos Secretos – O Cristal Dourado
Edições Asa